Projeto de Scratch - Ana Lúcia Baltazar

    Atualmente, a tecnologia constitui-se como um grande fator de interesse para a maioria das crianças. No entanto, é preciso perceber como usá-la e perceber como funciona, pois, naturalmente, ao ser um foco de interesse das crianças, vão questionar e tentar também elas perceber como funciona e como acontece.
    Desse modo, devemos estar preparados para tal e, uma forma de o fazer é precisamente promover o contacto entre as crianças, a tecnologia e a própria programação.
  Tal como acontece noutro tipo de atividades em que é necessário seguir determinados passos sequenciais para obter um produto ou resultado, o mesmo acontece na programação, pois permite criar, construir e explorar algo que até seja interativo e que permita proporcionar outro tipo de momentos e desenvolver novas competências.
    O primeiro contacto, que me lembro, que tive com a programação deste tipo foi em 2019 através do Scratch no 1.º ano da Licenciatura em Educação Básica, na Unidade Curricular de Materiais na Experiência Matemática através de uma atividade dinamizada por um grupo de colegas. Nesse momento não gostei, foi complicado de programar, não compreendi as potencialidades e fez com que ficasse com uma má imagem desta ferramenta.
    Agora, através esta unidade curricular surgiu uma nova oportunidade de explorar o Scratch com mais calma e com as orientações e explicações do professor comecei a compreender melhor como se programava e através da experimentação e da construção de um projeto mais simples, o projeto 1, o gosto e interesse pelo Scratch começou a surgir e a crescer cada vez mais.
    De seguida foi proposto pelo professor que desenvolvêssemos um projeto mais complexo no Scratch e, então, decidi criar um jogo de perguntas e respostas, de escolha múltipla, sobre profissões, que envolve duas personagens que estarão a interagir com as crianças à medida que jogam.
    Este projeto é mais complexo mas já não considero que seja difícil de programar, embora seja necessário explorar bem a ferramenta e todas as suas potencialidades para que nos sintamos cada vez mais à vontade e para que consigamos criar diversos tipos de atividades enriquecedoras e que proporcionem aprendizagens às crianças. Neste caso já consegui colocar duas personagens a dialogar, sons e expressões faciais das personagens consoante as respostas dadas, para além de ter conseguido, de facto construir um jogo cuja programação depende as múltiplas respostas que possam ser dadas.
    A meu ver ao envolvermos a e este tipo de atividades em sala de aula acaba por cativar e motivar as crianças uma vez que cada vez mais se constitui como um interesse para elas. Se a tecnologia e a programação forem utilizadas de forma correta pode ser bastante benéfica para o crescimento, para a aprendizagem e para a autonomia das crianças, para além de poder promover também o trabalho colaborativo.

Comentários